A Namíbia

Contexto do País

A República da Namíbia tornou-se independente em 1990 e desde então é governada num sistema democrático multi-partidário, respeitando uma cultura multi-racial, a liberdade cívica fundamental e os Direitos Humanos de todos os seus cidadãos. Adicionalmente, a Namíbia tem também boas infra-estruturas, uma economia estável, recursos naturais ricos e uma administração pública competente.

A Namíbia está localizada na costa oeste da África Austral entre a África do Sul, no sul, Botswana no leste e Angola e Zâmbia, no norte e é dividida em 13 regiões. Com uma população de 2.066.398 habitantes (em 2010), a Namíbia é um dos três países com menor densidade populacional de África, com uma média de cerca de 2,6 pessoas por Km2.


Economia

A Namíbia tem mantido um histórico de crescimento económico consistente, uma inflação moderada, a dívida pública limitada e receitas de exportação significativas. A economia da Namíbia está intimamente ligada à economia da África do Sul através do comércio, investimento e políticas monetárias comuns. O Dólar Namibiano está indexado ao Rand Sul-Africano, fazendo com que muitas tendências económicas, incluindo a inflação, sejam similares às da África do Sul. A Namíbia é também membro da Área Monetária Comum, SACU e da SADC, esta última garantindo ligações comerciais preferenciais com qualquer um dos restantes 13 países que compõem esta organização, representando um mercado de 190 milhões de consumidores.

O PIB tem tido, desde 2009, uma taxa de crescimento média de cerca de 5% (Banco da Namíbia, 2015). A inflação tem-se mantido estável e a estrutura da produção e do comércio permaneceu essencialmente inalterada ao longo das últimas duas décadas.

O sector dos serviços foi responsável por cerca de 60% do total do PIB desde 1990 (World Bank, 2014). Minas, Pecuária, Pesca, Metalurgia e Processamento de Alimentos têm sido os pilares da economia, com um aumento relevante da Construção Civil nos últimos anos. O sector mineiro representa a maior fonte de receita de exportação, seguidas da Pesca, Turismo, Pecuária, Serviços de Logística, cerveja, carne e uvas.


Infraestrutura

A Namíbia tem uma rede de estradas bem estabelecida, das quais aproximadamente 6% são pavimentadas. Os dois principais projetos de desenvolvimento, a TransCaprivi Highway e a TransKalahari Highway, dão acesso ao Botswana, Zimbabwe, Zâmbia e África do Sul e ligam também a outros países da SADC.

Os dois portos da Namíbia, Walvis Bay e Lüderitz, são administrados pela Namibian Ports Authority, uma organização estatal criada em 1994. Lüderitz é tradicionalmente um porto de pesca com um novo cais para contentores e cargas, concluído em 2000. Este porto encontra-se estrategicamente localizado para abastecer o sul da Namíbia e a costa atlântica Sul Africana. Walvis Bay, o único porto de águas profundas do páis, é uma opção económica e segura para o comércio de importação e exportação do país, especialmente entre a parte sul, a África Central e Ocidental e a Europa.

Em termos de transporte, a companhia aérea nacional da Namíbia, a Air Namíbia, mantém voos internacionais, regionais e voos domésticos. A rede ferroviária da Namíbia é gerida pela TransNamib Holdings Ltd e a principal linha vai da fronteira Sul-Africana através de Keetmanshoop para Windhoek, Okahandja, Swakopmund e Walvis Bay.

A Namíbia tem uma das melhores infra-estruturas de telecomunicações em África, sendo também líder nos serviços prestados neste sector.

Negócios em crescimento

Minas

A Namíbia é o 4ª maior exportador de minerais em África e tem uma das indústrias de minas estabelecidas há mais tempo no continente. O diamante é a mais importante fonte de receitas, mas o urânio, o cobre, o chumbo, o zinco e o magnésio são igualmente relevantes para a indústria.

Pecuária

A Pecuária (bovinos, ovinos e avestruzes) representa a maior parte da produção agrícola comercial. Enquanto que a maioria dos bovinos e avestruzes tem como destino a África do Sul, desde a independência uma proporção crescente de gado é exportado directamente para matadouros certificados, predominantemente nos países da UE.

Pescas

Os recursos marinhos da Namíbia encontram-se entre os mais ricos do mundo, em grande parte devido à Corrente Fria de Benguela, que cria um ecossistema especialmente benéfico com condições climatéricas variáveis durante o ano permitindo a pesca de uma variedade de peixes comercialmente explorável, incluindo a sardinha, a anchova, a cavala, o atum e a pescada, juntamente com a lagosta e o caranguejo. Desde a independência, em 1990, que a Namíbia explora a sua Zona Económica Exclusiva (ZEE) até 200 milhas da costa, onde opera um regime de gestão das pescas conservador com base em níveis de captura sustentáveis.

Turismo

O Turismo está a tornar-se uma fonte cada vez mais importante de geração de receita e emprego para a Namíbia. O futuro do desenvolvimento do Turismo passará por um Turismo de alta qualidade e por um aumento das infra-estruturas de transporte, dando máxima importância e prioridade à protecção, conservação e utilização sustentável dos recursos naturais.

FACTOS SOBRE A NAMÍBIA Facilidade de Negócios (Rank Doing Business Report) - 108º